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“ISTO TEM DADO CABO DA MINHA SAÚDE MENTAL. SEREI CLARO: NETANYAHU DEVE SER TRAVADO, MAS TAMBÉM O HAMAS SE REFUGIA NO SOFRIMENTO DO SEU POVO”
Thom Yorke, dos Radiohead, tomou uma posição em relação à guerra em Gaza, deixando críticas tanto ao estado de Israel como ao Hamas. “Esta polarização não nos serve, e perpetua uma mentalidade constante de ‘nós contra eles’”
Por Miguel Filho
Publicado em 02/06/2025 15:46
ACTUALIDADE
História de BLITZ

Thom Yorke procurou esclarecer a sua posição em relação ao conflito em Gaza, com um longo comunicado partilhado através das redes sociais.

O músico dos Radiohead, recorde-se, tem sido bastante criticado por não se juntar ao boicote cultural promovido por nomes como Roger Waters e Brian Eno. No ano passado, durante um espetáculo a solo na Austrália, Yorke foi confrontado por um manifestante pró-Palestina, o que o levou a interromper o concerto, indignado.

Partindo precisamente desse incidente, Yorke lamentou que o seu “suposto silêncio” tenha sido confundido com “cumplicidade” no que diz respeito ao que se passa em Gaza. “Isto tem dado cabo da minha saúde mental”, acrescentou, alegando que a sua própria música prova que não é alguém que defende “qualquer forma de extremismo ou de desumanização”.

“Tenho tentado criar uma obra que encoraja o pensamento crítico, o pensamento fora da caixa, a uniformização do amor, a expressão criativa livre”, apontou.

“Deixem-me ser bem claro: acho que Netanyahu e o seu bando de extremistas têm que ser travados, e a comunidade internacional deve pressioná-los o mais que puder. A sua desculpa - a de que se trata de auto-defesa - esgotou-se, tendo sido substituída por um desejo de controlar Gaza e a Cisjordânia de forma permanente. Este governo ultra-nacionalista refugiou-se no medo e no luto de um povo, usando-os para rejeitar quaisquer críticas”.

O comunicado de Thom Yorke sucede-se ao do seu colega de banda nos Radiohead e The Smile, Jonny Greenwood, que foi criticado por ter atuado no estado de Israel com o músico local Dudu Tassa e que viu concertos seus no Reino Unido cancelados por esse mesmo motivo. “Intimidar salas de espetáculos ao ponto de cancelarem os nossos concertos não ajudará a trazer a paz e a justiça que toda a gente no Médio Oriente merece”, disse o guitarrista.

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