Mais de dez países já reagiram à morte do líder político do Hamas, em Teerão, capital do Irão. Ismail Haniyeh foi morto após participar da cerimónia de posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, num ataque, que até o momento, não teve a sua autoria confirmada.
“Irmão, líder, mujahid Ismail Haniyeh, chefe do movimento, morreu num ataque sionista contra o seu quartel-general em Teerão, depois de ter participado na tomada de posse do novo presidente (iraniano)”, declarou esta quarta-feira, o Hamas, em comunicado.
Veja abaixo as reacções
Palestina e Aliados
Autoridade Palestina: Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, condenou o assassinato, chamando-o de “acto covarde e um desenvolvimento perigoso” que não ficará sem resposta.
Hamas: O grupo Hamas responsabilizou Israel pelo ataque e afirmou que a morte de Haniyeh não enfraquecerá a sua resistência.
Irão
Governo Iraniano: O Conselho de Segurança Nacional do Irão declarou que a acção “cruzou linhas vermelhas” e que Israel pagará um preço alto. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, prometeu vingança e reforçou o compromisso do Irão com a resistência palestina.
Líder Supremo: O aiatolá Ali Khamenei prometeu “punição severa” aos responsáveis e afirmou que é dever do Irão vingar o sangue de Haniyeh.
Estados Unidos
Secretário de Defesa dos EUA: Expressou apoio a Israel e afirmou que os EUA defenderão Israel se for atacado, ao mesmo tempo em que trabalham para acalmar a situação.
Rússia
Ministério das Relações Exteriores: Condenou o assassinato, classificando-o como um “assassinato político inaceitável” que levará a uma maior escalada de tensões.
Turquia
Ministro das Relações Exteriores: Hakan Fidan afirmou que o objectivo do assassinato é ampliar o conflito na Faixa de Gaza para uma guerra regional, condenando fortemente o acto.
Síria
Ministério das Relações Exteriores: Condenou o assassinato, culpando Israel e alertando que a escalada pode “incendiar toda a região”.
Outros Países
Holanda: Geert Wilders, líder de um partido de direita, comemorou a morte de Haniyeh, chamando-a de “boa notícia”.
China e Qatar: Ambos os países condenaram o assassinato, alertando para as consequências regionais e a instabilidade que pode resultar do incidente.
Haniyeh terá sido morto em Teerão, supostamente por um míssil guiado lançado de outro país, que causou, igualmente, a morte de um guarda-costas.
“A residência de Ismail Haniyeh, chefe do gabinete político da Resistência Islâmica do Hamas, foi atingida em Teerão e, na sequência deste incidente, ele e um dos seus guarda-costas foram martirizados”, confirma o comunicado do sítio Sepah do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica.
Fonte: Correio kianda