A Amnistia Internacional já reagiu ao projeto de paz apresentado pelo presidente norte-americano para a Faixa de Gaza. Para a organização, “qualquer plano deve basear-se no respeito pelos Direitos Humanos e no fim da ocupação ilegal do apartheid perpetrados por Israel” no enclave. “A prioridade mais urgente é pôr fim ao genocídio de Israel em Gaza e libertar todos os reféns civis. Qualquer iniciativa que vise garantir uma paz duradoura deve basear-se no direito internacional, defender os Direitos Humanos de todas as pessoas no Território Palestiniano Ocupado (TPO) e em Israel e centrar-se no fim imediato da ocupação ilegal e do sistema de apartheid de Israel”, afirmou Agnès Callamard, secretária-geral da Amnistia Internacional em comunicado enviado às redações.
A Amnistia Internacional defende que “o fornecimento de ajuda humanitária e o fim do genocídio de Israel em Gaza não podem ser condicionados, como prevê este plano, à aceitação ou não da proposta pelo Hamas”
“Mais de 65 mil palestinianos foram confirmados como mortos; centenas de milhares ficaram feridos e os palestinianos em Gaza continuam a sofrer o impacto horrível do deslocamento, destruição e fome contínuos há quase dois anos. Esta catástrofe, arquitetada por Israel e possibilitada pelo apoio dos EUA, deve finalmente terminar, haja ou não um acordo”, acrescenta o comunicado.
Em relação à libertação dos reféns civis e de palestinianos detidos arbitrariamente, a Amnistia Internacional frisa que “deve ser incondicional”. “Tanto Israel como o Hamas devem parar com a prática ilegal de reter os corpos dos mortos dos familiares”.
“É vital que qualquer acordo leve à justiça para as vítimas de genocídio, crimes de guerra ou crimes contra a humanidade. A experiência em todo o mundo, incluindo em Israel e no Território Palestiniano Ocupado, demonstrou que a impunidade gera conflitos e mais atrocidades. Todos os Estados devem cumprir as suas obrigações ao abrigo do direito internacional de responsabilizar os responsáveis por crimes ao abrigo do Direito Internacional”.